Assassin’s Creed Chronicles: India | Opiniões e Pontos de Vista!
O jogo da vez em que iremos falar no Players Club baseando-nos em informações sedidas pelo portal Omelete da UOL, nosso parceiro é o Assassin’s Creed. Não é segredo que, antes de se tornar uma das propriedades mais lucrativas da Ubisoft, Assassin’s Creed foi planejado como um derivado de Prince of Persia. O tempo passou, a saga dos assassinos e templários ganhou identidade própria, e, coincidência ou não, volta a se aproximar da franquia que o originou em Assassin’s Creed Chronicles: India, o segundo capítulo da trilogia de derivados anunciada pela Ubisoft no ano passado.
Essa proximidade com o clássico de Jordan Mechner, entretanto, vem quase sem querer. Ela vem dentro da série de decisões tomadas pelo Climax Studios para diferenciar India dos outros dois games da trilogia - em especial, o primeiro, China, lançado no ano passado (leia a crítica clicando aqui). Como toda boa sequência, India pega o que foi estabelecido no primeiro game e aumenta o desafio com interessantes camadas de complexidade.
De certo modo, o segundo game até espera que você já conheça o primeiro, dada a falta de preocupação em apresentar comandos e cenários para o jogador. Sem muita enrolação, você é jogado na pele do protagonista Arbaaz Mir, um mestre assassino caxemirense do século XIX que já havia aparecido na HQ Assassin's Creed Brahman. A trama não vai além das premissas básicas da franquia: Arbaaz enfrenta o governo indiano, controlado pelos templários, procura artefatos perdidos dos precursores e deve salvar sua amada, a princesa Pyara Kaur.
Menos briga, mais stealth
A grande estrela de AC Chronicles: India é o cenário, cujos desafios fazem China parecer um grande tutorial desde a primeira fase. As sequências de ação furtiva são mais elaboradas, com um posicionamento certeiro dos elementos no cenário. Não foram poucas as vezes em que um guarda olhou para onde eu estava na hora certa, ou caí em uma armadilha bem posicionada. Avançar pelos palácios indianos, mais do que nunca, torna-se um exercício de paciência.
O combate, de longe o ponto fraco do primeiro game, continua ruim. Pelo menos a Climax, ciente disso, dá foco na parte o jogo que funciona melhor - a ação furtiva - ao introduzir diversos segmentos em que Arbaaz está desarmado ou há guardas demais para sequer tentar iniciar uma briga. Passar por locais bem fortificados, inclusive, traz à tona uma das novidades do game. Em certos momentos, é necessário se disfarçar de guarda ou de cidadão comum para prosseguir. Para isso, você deve roubar três peças de roupa espalhadas pelo cenário, sempre precisando se esconder dos inimigos.
Assassino acrobático
Outra novidade de India está em um maior número de fases que testam as capacidades acrobáticas de Arbaaz Mir. No melhor estilo Indiana Jones, o assassino precisa passar por catacumbas nas quais as paredes, o chão e o teto são frágeis e se desfazem assim que você toca neles, criando sequências nas quais você precisa passar pelo local rápido. Mais adiante, o game aumenta ainda mais o desafio colocando obstáculos que exigem uma passagem no tempo certo, ou inimigos em seu encalço. É nas catacumbas com obstáculos mortais e plataformas complicadas, inclusive, que este Assassin's Creed mais lembra o clássico Prince of Persia.
Outra semelhança fica no estilo visual dos dois games. É impossível não lembrar do clássico ao observar India, mas o título tem seu charme próprio, seguindo um visual mais cartunesco que mistura o estilo de impressão dos jornais ingleses coloniais com os padrões circulares indianos, que permeiam, inclusive, todas as cenas de corte.
Assassin's Creed Chronicles: India é um exemplo didático de sequência em games, apresentando fases e desafios mais elaborados em cima de uma conhecida estrutura de jogabilidade. Embora continue com um combate ruim, o segundo capítulo dos derivados aposta tudo em seus pontos fortes e o resultado é recompensador.
Assassin’s Creed Chronicles: India está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC. O game foi testado em um Xbox One.
Por Peterson Vitor em parceria ao Portal Omelete
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